domingo, 21 de abril de 2013

URINA HUMANA NOS CABELOS???????? CUIDADO!!!





URINA NOS CABELOS?



Ok... foi divulgado ERRONEAMENTE A APLICAÇÃO DE URINA COMO FONTE DE BELEZA AOS CABELOS, ( QUE MARAVILHA, OS XAMPUS E MÁSCARAS SÃO TÃO CAROS...) PORÉM É MENTIRA...

Acreditamos que a pessoa que divulgou incautamente esta “maravilha” deve der seguido o raciocínio da UREIA  então comecemos pela mesma:

Antes de tudo TEMOS QUE ENTENDER o que é UREIA:





URÉIA ( urea ) : um sólido cristalino branco, de fórmula: CO(NH2)2. É solúvel em água mas insolúvel em determinados solventes orgânicos. A uréia é o principal produto final da excreção do nitrogênio nos mamíferos, sendo sintetizada pelo ciclo da uréia.
A uréia é sintetizada industrialmente a partir de amônia e de dióxido de carbono para ser usada em resinas uréia−formaldeído e em produtos farmacêuticos, como fonte de nitrogênio não protéico para ruminantes de terrenos agrícolas e como um fertilizante nitrogenado.



Belas atentem para estas informações: a URINA CONTÉM FÓSFORO E ENTRA EM COMBUSTÃO: SE AQUECIDA PEGA FOGO...

Imagine você colocando, então urina e uma touca térmica...
As provas deste fato estão abaixo, todas embasadas cientificamente.
Minha parceira e eu ficamos preocupadas cm estas informações, por ter sido veiculada na televisão, mídia acessível a todos!

Então resolvemos "explicar a linha de raciocínio da pessoa" que declarou tal barbaridade bem como justificativas científicas.
Pedimos, que prestem atenção, os escritos em vermelho, como tudo na natureza, merecem atenção especial.
Belas Avassaladoras, tenhamos bom senso... TUDO QUE O ORGANISMO ELIMINA É PORQUE ELE NÃO PRECISA MAIS...É DETRITO...SUJEIRA...

Infelizmente para aparcer e ter 5 minutos de 

fama as pessoas são capazes de tudo...Gerar 

polêmica é o "modus operantis" na maioria das 

vezes...



MITOS RELACIONADOS À URINA

Mito ou verdade? Saiba quais são as crendices mais bizarras da sabedoria popular



Urina alivia dor de queimadura por água viva
É um mito muito comum. Urinar sobre queimaduras não é recomendado, apesar de a crendice afirmar que sim, uma vez que o xixi contém ureia e a acidez da urina ajuda a eliminar os cistos, porém poucas pessoas têm o teor de acidez necessário para aliviar a dor. Especialistas indicam que lavar com água salgada (do mar mesmo!) ou colocar vinagre sobre o local seja o mais indicado.  E em caso de muita dor ou desconforto, é sempre bom procurar um médico. 


Como funciona o sistema urinário:

O organismo retira nutrientes dos alimentos para obter energia. Depois de utilizar os nutrientes que precisa, o que não é necessário vai para o sistema excretor por meio do sangue.
Dos rins, a urina vai por meio dos ureteres para a bexiga. A cada 10 a 15 segundos pequenas quantidades de urina são enviadas à bexiga pelos ureteres. Se o sistema urinário estiver saudável ele agüenta até dois copos de urina confortavelmente por duas a cinco horas.
Os problemas no sistema urinário são causados por envelhecimento, doença ou trauma físico. À medida que envelhecemos, mudanças na estrutura dos rins fazem com que eles percam aos poucos a capacidade de remover completamente as impurezas do organismo. Além disso, os músculos dos ureteres, da bexiga e da uretra tendem a perder força. O organismo fica mais vulnerável a infecções urinárias porque a bexiga não consegue esvaziar completamente.


O termo urino terapia se refere a um dos vários usos da urina para prevenir ou curar doenças, aumentar a beleza ou limpar o interior do organismo.
A maioria dos adeptos bebe a porção intermediária de sua urina matinal. Alguns a preferem pura e fumegante, outros a misturam com sucos ou a servem com frutas. Alguns preferem duas gotas misturadas com uma colher de sopa de água, aplicadas sob a língua várias vezes ao dia. Entendidos da Nova Era sem dúvida preferem tomar sua dose diária na salada matinal, salpicada com tempero de Xixi & Vinagre, à venda em lojas especializadas em produtos alternativos.
Alguns se lavam com o próprio fluido dourado para melhorar a qualidade da pele. Afirma-se que muitas japonesas praticam o banho de urina na atualidade. Os mais ousados a usam como enema ( PASMEM: Enema, ou clister, são nomenclaturas que designam a introdução de líquido no ânus para lavagem, purgação ou administração de medicamentos..).
 Muitos de seus defensores afirmam que a urina é uma panacéia. Não há praticamente nada que ela não cure. Dizem ser eficaz contra a gripe, o resfriado comum, fraturas, dor de dente, pele ressecada, psoríase e todos os outros problemas da pele. Afirmam que ela detém o envelhecimento e que é útil contra a AIDS, alergias, mordidas de animais e cobras, asma, doenças cardíacas, hipertensão, queimaduras, câncer, intoxicações químicas, catapora, inflamações intestinais, constipação e pneumonia. Dizem ser eficaz contra disenteria, edemas, eczemas, irritações nos olhos, fadiga, febre, gonorréia, gota, sangue na urina, varíola, doenças imunológicas, infecções, infertilidade, calvície, insônia, icterícia, hepatite, sarcoma de Kaposi, lepra, doenças linfáticas, urticária, enjôo matinal, ressaca, obesidade, papilomas, parasitoses, úlcera gástrica, reumatismo, marcas de nascença, derrame, congestão, dores lombares, tifo, gastrite, depressão, herpes, tuberculose, tétano, mal de Parkinson, pé-de-atleta, diabetes e outras doenças endocrinologicamente relacionadas. Alguns entusiastas vêem a urinoterapia como uma manifestação divina da inteligência cósmica. Usam a urina para liberar seu kundalini, enviando-o direto para o terceiro olho, trazendo a iluminação instantânea.
Apesar das alegações feitas pelos autores de livros sobre urinoterapia, os indícios científicos que recomendariam que todos passássemos a beber a própria urina são paupérrimos. Segundo os urinófilos, o establishment médico está conspirando para nos manter ignorantes a respeito do remédio milagroso que todos carregamos na bexiga. Um auto-proclamado expert no assunto afirmam especilailistas.
Na verdade nada seria mais honroso a qualquer médico que proclamar em alta voz a cura destas doenças...
Esse é um argumento comum dos defensores de terapias alternativas: a ganância dos médicos os leva a conspirar contra quiropráticos, terapeutas da quelação, etc.
Os indícios dessa conspiração não encheriam nem um frasco de coleta. Parte da suposta conspiração para nos manter ignorando as “maravilhas do nosso próprio xixi” é o fato de muitas pessoas acreditarem que a urina é venenosa.
Ela geralmente não é tóxica e ninguém morre por envenenamento urêmico começando o dia com um copo do próprio fluido dourado. No entanto, dificilmente pareceria justo culpar o establishment médico pela ignorância do público em geral sobre o assunto. De qualquer modo, só porque algo não é tóxico não quer dizer que faça bem.
Cabelo também não é tóxico mas, embora pudesse ser uma boa fonte de fibras, geralmente não é desejável incluir cabelos na comida.
Além disso, embora seja verdadeiro que alguns dos constituintes da urina estejam sendo usados e tendo seu valor terapêutico real ou potencial testado, não significa que beber a urina de alguém seja terapêutico. Pode ser que se descubra que um dos produtos químicos da urina humana seja eficaz para combater o câncer. No entanto não é provável que beber a própria urina venha a fornecer qualquer substância anti-câncer em quantidade suficiente para trazer qualquer benefício. É também verdadeiro que algumas das substâncias presentes na urina façam bem. Por exemplo, se você estiver ingerindo mais vitamina C (uma vitamina solúvel em água) do que seu corpo precisa ou pode processar, você a excretará na urina. Isso não significa que beber sua urina seja uma boa maneira de se obter vitamina C para o organismo. Uma laranja ou comprimido poderiam ser preferíveis. Entretanto, se seu organismo estiver  urinando vitamina C em excesso, o que você acha que seu corpo fará com a vitamina C que você ingerir com sua urina?
Se o seu palpite é de que o organismo irá se desfazer dela, acertou. A razão pela qual a sua urina contém vitaminas e sais minerais é o seu organismo não ter precisado delas ou não ter conseguido utilizá-las. Reingerir seu excesso de vitaminas e sais minerais é o mesmo que jogar água num copo que já está cheio. Até mesmo a ureia, que pode ser tóxica em dosagens muito altas, está presente em quantidades tão diminutas na urina das pessoas comuns que há muito pouca probabilidade de que alguém se envenene por beber a própria urina.
A origem dessa prática incomum parece estar em determinados rituais religiosos dos hindus, onde é chamada de amaroli nas tradições religiosas tântricas. A tradição tântrica é conhecida por seu desprezo pelo comportamento convencional como forma de estabelecer a superioridade moral de seus praticantes. Também é possível que essa prática esteja relacionada a superstições baseadas na magia simpática. Como a urina é expelida pelo mesmo órgão usado no sexo talvez se pensasse que ao beber a urina a pessoa estivesse ingerindo algum tipo de energizador sexual. De qualquer forma é improvável que os indianos, 4.000 anos atrás, tivessem razões científicas para beber a própria urina.
Outra idéia bem anticientífica que parece ser aceita pelos urinófilos é de que a urina seja na verdade sangue, visto que é o subproduto da filtragem do sangue pelos rins. É improvável que, caso se precise de uma transfusão de sangue, a urina funcione igualmente bem.
Outra alegação enganosa feita pelos urinófilos é que o fluido amniótico não seja nada mais que urina: urina fetal. Se é bom para o feto, deve ser bom para todo mundo. Eis o que a expert em urina Martha Christy tem a dizer sobre o assunto:
  • . . . o líquido amniótico que envolve os bebês humanos no útero é, essencialmente, urina. Na verdade, o bebê "respira" líquido amniótico cheio de urina continuamente e sem esse fluido os pulmões não se desenvolvem. Os médicos também acreditam que a maciez da pele das crianças e a capacidade dos bebês in utero de se curar rapidamente sem cicatrizes após sofrerem cirurgias pré-natais se devem a às propriedades terapêuticas do líquido amniótico rico em urina.
Algumas das substâncias químicas presentes no líquido amniótico não são encontráveis na maioria das amostras de urina. É enganoso, para dizer o mínimo, afirmar que o líquido amniótico é"essencialmente" urina. Seria mais preciso dizer que ambos são essencialmente água. Não sei a que médicos ela se refere, mas a maioria dos pais dirá que quando seus bebês saíram do útero a pele deles não tinha nada de bonita. São comuns as comparações com ameixas secas, assim como a comparação com a pele de uma pessoa que ficou na piscina por muito tempo. A pele do bebê só se torna macia depois de ter ficado fora de seu ambiente líquido por algum tempo. Existe uma razão para isso, segundo Kim Kelly, médica naturopata e enfermeira de Seattle. Recém-nascidos não produzem óleo em suas glândulas sebáceas até várias semanas após o nascimento, razão pela qual frequentemente parecem ter uma pele seca e escamosa. Em lugar do líquido amniótico contribuir para uma pele macia, segundo Kelly, os bebês no útero são protegidos pelo verniz, substância cremosa que serve de barreira entre o bebê e o líquido amniótico. Assim, a não ser que sua urina seja rica em verniz, é improvável que usá-la como loção para a pele funcione como um umectante.
O que é a urina? A urina é geralmente amarelada ou transparente, dependendo da saúde e da dieta da pessoa. Possui geralmente um odor semelhante ao da amônia, devido aos resíduos nitrogenosos que compõem cerca de 5% do líquido (os 95% restantes são água). É um fluido ligeiramente ácido, que transporta o que foi rejeitado pelo rins para o mundo exterior.
Os rins têm milhões de nefrônios que filtram toxinas, rejeitos, água e sais minerais ingeridos, retirando-os da corrente sangüínea. Regulam a acidez do sangue excretando sais alcalinos excedentes, se necessário. O principal componente dos rejeitos nitrogenosos da urina é a uréia, produto da decomposição de proteínas. A uréia é, entre outras coisas, um diurético.
Um adulto médio produz de um a dois litros de urina por dia. A bexiga, onde a urina é armazenada para descarga, tem uma capacidade média de cerca de 450-550g de líquido, embora a micção média seja aproximadamente a metade disso. Além do ácido úrico, amônia e creatina, a urina consiste em muitos outros rejeitos em quantidades diminutas.
O fato de ser um rejeito não quer dizer que uma substância seja tóxica ou nociva. Significa que o organismo não pode absorvê-la no momento. Poderíamos pensar em cada um dos componentes da urina como se fossem sobras de uma refeição. Poderíamos jogar fora o excesso de comida ou comê-lo mais tarde, após diluir bem com água e bater no liqüidificador. Com a urina, infelizmente, não podemos ingerir os rejeitos na forma que eles tinham quando foram ingeridos inicialmente.
Para a maioria das pessoas, na maior parte do tempo, não é provável que a própria urina seja prejudicial. No entanto, também não é provável que ela seja saudável ou útil, a não ser Além disso,  pessoas podem simplesmente aderir e começar a beber a própria urina possui efeitos colaterais negativos.A Associação Chinesa de Urinoterapia adverte que
  • Sintomas comuns incluem diarreia, coceira, dor, fadiga, dores nos ombros, febre, etc. Esses sintomas surgem mais frequentemente em pacientes que sofrem de doenças mais sérias ou de longa data, e podem se repetir várias vezes. Cada episódio pode durar de 3 a 7 dias, mas às vezes podem durar um mês, ou até piorar em 6 meses. É uma pena que muitos abandonem a urinoterapia em virtude desses maus episódios. A reação de recuperação é como a escuridão que precede o nascer do sol. Se a pessoa persiste e supera as dificuldades, pode apreciar a felicidade final de uma vida saudável.
Essas mesmas pessoas aconselham que "Todos os tipos de inflamação de garganta podem melhorar fazendo-se gargarejos com urina, à qual foi acrescentado um pouco de açãfrão" e "beber 30g de urina . . . é mais benéfico para a média das pessoas que um centro médico multibilionário com equipe médica completa." Não fui capaz de encontrar os indícios que eles teriam para comprovar essas afirmações.
Não adianta muito argumentar com os crentes que a maioria dos seus males se curaria espontaneamente e passaria, mesmo se não fizessem nada para se tratar. A dor de dente ou espinhas faciais de uma pessoa podem desaparecido após ela ter bebido um copo de seu fluido dourado, mas isso não é indício forte de que tenha havido qualquer conexão causal entre dois eventos.
Da mesma forma, não é provável que se possa dissuadir um crente observando que muitas doenças melhoram por razões desconhecidas, e que só porque a remissão aconteceu após se beber a urina por um mês não significa que exista alguma conexão causal. E é desperdício de saliva tentar fazer crentes considerarem a possibilidade de que tenham recebido de seu terapeuta alternativo um diagnóstico incorreto desde o início. Assim, nunca foram curados porque nunca houve nada errado com eles.
Provavelmente o motivo mais comum para a "eficácia" das terapias alternativas é o efeito placebo.( Placebo (do latim placere, significando "agradarei") é como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos psicológicos da crença do paciente de que está a ser tratado.)
Muitas doenças têm um componente comportamental, frequentemente ligado à avaliação subjetiva da dor da pessoa. A crença afeta o comportamento e o comportamento afeta o organismo. Assim, se uma pessoa acredita numa terapia, é frequente que ela se sinta melhor, pense que se sente melhor e aja como se estivesse melhor, embora não haja nenhuma prova objetiva, como exames de urina ou sangue, raios-x, etc., que provariam que a pessoa melhorou.
Além disso, agir de maneira saudável poderia causar melhoras objetivas e mensuráveis. Neste caso, seria equivocado dizer que a terapia foi inútil. No entanto, não foi bem a terapia que levou à melhora, mas a crença na terapia. Alguém poderia dizer: que diferença faz, já que cura é cura? Poderia fazer toda a diferença do mundo. Em primeiro lugar, pode não ter havido uma cura afinal. O simples fato de que o humor de uma pessoa tenha melhorado não quer dizer que ela tenha sido curada. Em segundo lugar, poderia haver uma terapia melhor, que a pessoa está evitando por usar a "alternativa". Em terceiro, o alívio pode ser temporário, quando uma melhor terapia poderia gerar um alívio permanente ou de longa duração. Em quarto lugar, para os que não se beneficiam com a terapia alternativa poderia haver graves consequências, que poderiam ter sido evitadas caso tivessem sido adequadamente tratados desde o início.
Por fim, muitas pessoas que usam terapias "alternativas" as usam em conjunto com a medicina científica tradicional. Dão os créditos à terapia "alternativa" se melhorarem, e culpam a medicina tradicional em caso contrário.
Saiba mais sobre a Urina, hormônio, funções, foto, composição
O que é Urina 

A urina é um liquido excretado pelos rins através das vias urinárias, pelo qual são eliminadas substâncias desnecessárias ao organismo.

Desempenha um papel importante na regulação do balanço de líquidos e no equilíbrio entre ácidos e bases. Nas pessoas sadias possui coloração clara (amarelada).

A quantidade de urina produzida diariamente é de 1 a 1,5 litro, contudo, esta referência pode aumentar ou diminuir dependendo da quantidade de liquido ingerido.
Composição da urina
A urina é composta aproximadamente por 95% de água e 2 % de uréia. Nos 3% restantes, podemos encontrar fosfato, sulfato, amônia, magnésio, cálcio, ácido úrico, creatina, sódio, potássio e outros elementos.


Por Que urinamos?




A URINA é formado nos rins, onde acontece a filtração do sangue, que dá origem a ele. Em outras palavras, AURINA É o que NÃO SE APROVEITA NO SANGUE. Cerca de 95% dele é água e os 5% restantes são uma mistura de substâncias existentes em excesso no sangue e resíduos das atividades celulares, principalmente ácido úrico, uréia e cloreto de sódio. Uma pessoa adulta faz por volta de 1 litro e meio de xixi por dia, mas esse volume varia de acordo com a quantidade de água ingerida, a temperatura do ambiente e características de cada organismo. Cada vez que vamos ao banheiro fazemos, em média, 300 ml de xixi - pouco menos de uma latinha de refrigerante. No infográfico abaixo, entenda como o copo d’água que bebemos vira URINA alguns minutos depois.





Caminho das águas Em cerca de uma hora, o líquido que entrou quer sair

1. Quando bebemos um copo d’água, o líquido passa pelo esôfago, estômago, é absorvido pelas paredes do intestino delgado e daí segue pela corrente sanguínea até chegar aos rins, onde parte é absorvida e parte é encaminhada para o sistema urinário.
2. Nossos rins (temos dois) têm a forma de um enorme grão de feijão, com 12 cm de comprimento, 7 cm de largura e 5 cm de espessura. Cada um é formado por cerca de 1 milhão de unidades filtradoras, os néfrons. É ali que A UTINA é produzida.
3. O sangue entra nos néfrons sob alta pressão e sofre a primeira filtragem no emaranhado de capilares chamado glomérulo. Boa parte da porção líquida do sangue, o plasma, extravasa pelos vasinhos, formando o filtrado glomerular, uma espécie de "pré-URINA". Em um minuto, cerca de 125 ml de plasma são filtrados
4. O sangue purificado volta para o organismo, enquanto “A PRÉURINA" se acumula na cápsula de Bowman, um reservatório ao redor do glomérulo. Daí, pouco a pouco, esse líquido segue seu caminho por um complexo sistema tubular
5. A "URINA" tem resíduos do organismo mas também substâncias úteis, como glicose, aminoácidos e sais minerais. À medida que ele flui pelos capilares do néfron, essas substâncias são reabsorvidas e novos resíduos do sangue são secretados pelos capilares.
6. Em seguida, o líquido passa para o ducto coletor, o último segmento do néfron, onde parte da água pode ser absorvida e retornar ao sangue. A quantidade de água absorvida depende do nível de hidratação do corpo: quanto mais água bebemos, menor a absorção e mais diluída será a urina
7. A URINA finalmente está pronta e segue para a bexiga pelos ureteres, dois tubinhos de 20 a 30 cm de comprimento e diâmetro de um canudo. Sua cor amarelada é resultado da presença de pigmentos urinários, como o urocromo e a urobilina, secretados pelo fígado
8. Além de armazenar A URINA, a bexiga é responsável por bombeá-la para fora do nosso corpo. Ela pode acumular até meio litro do líquido, mas 300 ml já são suficientes para pressionar os nervos que a envolvem e gerar a vontade de tirar a água do joelho
9. Quando o cérebro é avisado pelos nervos da bexiga de que o tanque está cheio e deve ser esvaziado, um comando é despachado para o esfíncter interno, um anel muscular na saída da bexiga. Ele se abre, a bexiga se contrai e deixa a urina seguir seu caminho.
10. Para a URINA ser liberada, outra válvula, o esfíncter externo, situado um pouquinho mais embaixo, também precisa se abrir. Mas esse esfíncter é controlado voluntariamente, ou seja, só é aberto quando queremos. Assim, não molhamos as calças no caminho do banheiro.
11. A URINA, enfim, é eliminado pela uretra, o canal que passa por dentro dos órgãos genitais de ambos os sexos. A dos homens é elástica e tem cerca de 20 cm, enquanto a das mulheres mede apenas 4 cm.
 A ciência vai ao banheiro
Em 1669, o alquimista alemão Hennig Brandt começou a destilar urina humana. Ele tinha esperança de que o líquido fosse um remédio capaz de curar todas as enfermidades e que, por ser amarelo, pudesse conter ouro. Ferveu a urina e a deixou condensar, mas é claro que não encontrou nenhum metal precioso. Conseguiu apenas uma pasta branca que, quando esquentada, entrava em combustão. Brandt havia descoberto o elemento fósforo.
A urina é uma combinação de vários detritos do corpo. Entre eles estão substâncias orgânicas e fosfatos – compostos que pegam fogo facilmente quando em contato com carbono. Ao aquecer, as substâncias orgânicas se transformaram em carvão – que nada mais é do que carbono – e fizeram a mistura pegar fogo. Brandt percebeu que a descoberta era importante, mas ainda foi preciso muitas outras pesquisas antes que ela pudesse ter alguma função prática. Os palitos atuais, por exemplo, são feitos de uma massa com clorato de potássio, que reage com o fósforo presente na lixa da caixa e inicia o fogo.
A experiência de Brandt não foi, no entanto, a primeira a utilizar urina.
 Em uma das experiências, o químico alemão Adolph von Baeyer transformou o ácido úrico – um dos componentes da urina – em um novo composto, que ele chamou de ácido barbitúrico. A descoberta de Baeyer deu origem a uma série de derivados, os barbitúricos, que fizeram sucesso durante muito tempo como remédio para insônia e até hoje são usados como anestésicos em cirurgias.

A urina foi responsável por uma revolução ainda maior na química. Até o século XIX, acreditava-se que todos os materiais se dividiam em duas categorias: os inorgânicos, como rochas e metais, e os orgânicos, que eram produzidas por seres vivos e, segundo a crença da época, possuíam forças vitais que os tornavam impossíveis de serem copiados. Essa idéia caiu por terra em 1828, quando o químico alemão Friedrich Wohler misturou duas substâncias inorgânicas: cianato de prata e cloreto de amônio. A experiência resultou em cristais de uréia, um dos principais componentes da urina e que, por ser produzida por animais, era considerada uma substância orgânica. Wohler conseguiu assim mostrar que não existem diferenças entre substâncias sintéticas e naturais. A teoria da “força vital” estava derrubada, o que abriu a porta para a síntese de outras substâncias orgânicas, como vitaminas e fertilizantes. Lembre-se disso na próxima vez que for ao banheiro.

Dos celeiros ao campo de guerra
Em algum momento entre os séculos IX e X, um grupo de chineses tentava descobrir o segredo da imortalidade. Eles acreditavam que era possível atingi-la quando os princípios opostos da filosofia taoísta Yin e Yang entrassem em equilíbrio no corpo. Substâncias como o carvão e o enxofre eram tidos como ricos em Yang, enquanto o nitrato de potássio, também chamado de salitre, possuía características Yin. Não se sabe até que ponto a lenda é verdadeira, mas o produto que resultou da mistura chinesa se tornou famoso. Ao juntar essas três substâncias, o salitre fornece oxigênio para que os outros dois queimem de forma explosiva. Estava inventada a pólvora.
Não se sabe como a substância chegou à Europa, mas no século XIII já existiam estudos de como se poderia montar a mistura perfeita. Depois de muitas pesquisas, chegou-se à fórmula ideal, com 75% de salitre, 15% de carvão e 10% de enxofre.
O problema é que o principal ingrediente só era encontrado em minas na Índia e na Espanha. Os exércitos do século XVIII, que dependiam cada vez mais da pólvora, precisavam encontrar outras fontes de salitre. Por sorte, a solução estava em qualquer celeiro.
Cientistas descobriram que um pó branco que se incrustava nas paredes dos abrigos de animais era salitre, produzido pela decomposição da matéria orgânica ali presente. Surgiram então vários esquemas para produzir a substância preciosa, como depósitos repletos de lixo e esterco, molhados com urina, que eram deixados para apodrecer. Napoleão chegou a fazer uma lei ordenando que as pessoas urinassem nesses depósitos e, na Prússia, fazendeiros eram obrigados a empilhar dejetos orgânicos e guardá-los para a guerra. Essa sujeira só terminou no século XX, quando os alemães inventaram o salitre sintético.

Penélope Sharmosa


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