1 - O que é depressão?
A
depressão é principalmente a sensação de perda
do sentimento de felicidade,a
pessoa deixa de
sentir prazer em tudo que gostava, desaparece o
prazer de se
alimentar, a sexualidade fica
anestesiada e não há mais crença no amor. A
pessoa perde a criatividade, não consegue
acompanhar um filme ou ler um livro
que tanto
apreciava. Acorda de manhã com
a mente invadida
por idéias negativas e catastróficas, quer
permanecer na cama e a sensação de angústia se
aprofunda.( FATO!) **
O futuro torna-se incerto e aterrorizador. Nada
mais pode dar certo, e tudo se passa como se a
própria alma houvesse partido.
Há um sentimento
persistente de medo do futuro, a mente antecipa
acontecimentos
catastróficos e negativos. (FATO)**
2 - Quais os sintomas mais importantes da
depressão?
Os sintomas mais freqüentes da depressão
passam pela sensação de
tristeza persistente e
perda de prazer. Há uma perda de interesse nas
atividades de rotina. Pode haver aumento ou perda
de peso, insônia ou
hipersônia. ( FATO!)
Há uma inquietação ou inibição motora e
diminuição da velocidade dos
pensamentos. A
sensação de fadiga é
freqüente, a pessoa não
consegue se concentrar e torna-se indecisa. Os
pensamentos são invadidos por conteúdo de
inferioridade e culpa, em um estado
contínuo de
ruminação depressiva. O vazio e a desesperança
invadem o cotidiano,
com a presença constante de
ansiedade. Mesmo formas suaves da crise podem
se
tornar devastadoras para o paciente. Esta
sensação de angústia e dor pode
tornar a vida
desagradável e sem sentido. ( FATO)
Para o clínico caracterizar como problema
relevante, é preciso elucidar
que houve mudança
qualitativa importante na vida da pessoa. A crise
deve ser
persistente por pelo menos de duas a
quatro semanas.
O diagnóstico da depressão deve, portanto, ser
baseado no nível de
gravidade dos sintomas, na
persistência dos mesmos, e do impacto destes
sintomas no prejuízo do funcionamento cognitivo
e social.
3 - Como
se faz o diagnóstico de depressão?
Os
episódios depressivos (Depressão Maior) são
caracterizados por períodos bem
delimitados, com
duração de no mínimo duas semanas, durante os
quais o paciente
exibe sintomas depressivos
durante a maior parte do dia. Pelo menos cinco
sintomas devem estar presentes e ao menos um
deve ser representado por humor
deprimido ou
perda de interesse/prazer. Os sintomas devem, via
de regra,
infligir considerável grau de sofrimento
psíquico ao paciente em questão, ou
afetar
negativamente suas atividades cotidianas (o
conjunto de atividades
fundamentais que
compões o dia-a-dia de um indivíduo). ( FATO!) **
De acordo com o grau de comprometimento ou
sofrimento a ele associado,
bem como com o número de sintomas, o episódio depressivo
poderá ser
classificado em leve, moderado ou
grave.
4 - O que
é distimia? ( ERRONEAMENTE
CONHECIDO COMO MAL
HUMOR!!!)
No
transtorno distímico, o paciente apresenta
humor cronicamente depressivo, ao
longo de um
período de pelo menos dois anos. Os sintomas são
encontrados em
número e intensidade menor que
no caso dos episódios depressivos e tendem a ser
incorporados ao “jeito de ser” do paciente que,
durante a maior parte do tempo,
é percebido como
uma pessoa pessimista, mal-humorada ou cansada.
(FATO)
5 - O que
é transtorno afetivo bipolar?
O transtorno afetivo bipolar (TAB) caracteriza-se
por oscilações do
humor entre os pólos da
depressão e da euforia (mania ou hipomania).
Durante a fase depressiva, o TAB pode ser
indistinguível da depressão
unipolar, a não ser
que se disponha de dados de história sobre
episódios
prévios de exaltação do humor,
fornecidos pelo próprio paciente ou por
familiares.
Sintomas a serem pesquisados para a
identificação de tais episódios de
exaltação
incluem aceleração psicomotora, logorreia, gastos
excessivos,
auto-estima excessivamente elevada e
idéias grandiosas, muitas vezes de cunho
delirante.
6 - Qual
a frequência da depressão na população?
A depressão é uma causa importante de
incapacitação na população e afeta anualmente
cerca de 4% da população feminina e 2% da
população masculina.
A prevalência da depressão é mais ou menos
parecida nos diferentes
países ocidentais.
A incidência anual estimada é de aproximadamente
0,4% para homens e 0,8%
para mulheres.
Em algum momento da vida, aproximadamente
25% das
mulheres e 10% dos homens vão enfrentar
pelo menos uma crise depressiva.
Dentre os pacientes que frequentam atenção
primária ou programas de
saúde à família, de 5% a
12% apresentam um quadro depressivo que vai
demandar
cuidados psicológicos e/ou tratamento
medicamentoso.
É, portanto, fundamental o papel do médico e de
outros profissionais de
saúde como psicólogos e
enfermeiros na identificação do problema e
tratamento
da pessoa com depressão.
7 - A
depressão é hereditária?
A
história familiar é responsável por 39% da
variância da depressão para ambos os
sexos.
Os gêmeos monozigóticos (MZ) e dizigóticos (DZ)
sofrem influência
ambiental semelhante, contudo,
os MZ são geneticamente idênticos, enquanto os
DZ compartilham apenas a metade de sua carga
genética. Desse modo, em
enfermidades
determinadas pelo ambiente a concordância entre
MZ e DZ seria
próxima, ao passo que em
enfermidades genéticas a concordância nos MZ
seria
significativamente maior que nos DZ e
tenderia a se aproximar de 100%.
Na depressão as taxas de concordância giram em
torno de 60% para os
gêmeos monozigóticos e
25% para os dizigóticos, uma taxa de duas a três
vezes
maiores, dando subsídios à hipótese
genética.
O modo de transmissão não está totalmente
esclarecido, mas é
provavelmente multifatorial,
sem um locus gênico específico, tratando-se
provavelmente
de um transtorno com
heterogeneidade etiológica. Há famílias que
concentram
vários casos de depressão, o que deve
sempre ser investigado pelo clínico.
8
- O que causa a depressão?
É possível que uma combinação de fatores dispare
o estado depressivo,
com parte do risco atribuído à
variabilidade biológica (genética) e parte aos
eventos vitais. Os estudos de interação gene-
ambiente investigam
efeitos genéticos combinados
a causas ambientais no aumento da
vulnerabilidade frente aos transtornos mentais.
Eventos estressantes como perdas, ameaças,
humilhações podem disparar uma depressão, mas
muitas pessoas submetidas às
mesmas
experiências permanecem estáveis
psicologicamente. É possível que a
vulnerabilidade
ao estresse esteja codificada em nossos genes, na
sequência do
DNA. Foi demonstrado que os
indivíduos que têm um ou dois alelos curtos
apresentam maior risco de depressão após
evento estressantes do que indivíduos
que
possuem dois alelos longos.
**
A incorporação de métodos biológicos a desenhos
analíticos,
principalmente de coortes amplas de
longa duração, tem permitido o estudo da
possível
interação de determinantes biológicos com
processos psicológicos,
culturais e sociológicos,
rompendo o modelo cartesiano mente-corpo.
9- Qual
o impacto social da depressão?
O
impacto social da depressão inclui tanto a
incapacidade individual como o fardo
familiar
associado à doença. Sintomas depressivos e
depressão maior são
problemas comuns e
importantes para a saúde pública. (FATO! NÃO SE
TRATA ,
PORTANTO, DE FALTA DE VONTADE, DE
"DRAMA" DO PACIENTE).**
Os custos da assistência médica, tempo de
trabalho perdido e a
diminuição da qualidade de
vida associam-se de forma clara e consistente com
transtornos depressivos.
Apesar de serem transtornos crônicos, ( FATO,
SIGNIFICA
QUE O PACIENTE TERÁ MOMENTOSD,
ANOS ATÉ DE MELHORA, PORÉM PODERÁ TER
UMA RECAÍDA SE SOFRER ALGUM ESTÍMULO
NEGATIVO, ALGUMA PERDA,ETC)**os transtornos
depressivos são condições tratáveis e as opções
terapêuticas têm crescido muito
nas últimas
décadas.
A depressão é uma das causas mais importantes
de incapacitação na
população adulta, quando se
estima os dias úteis de saúde perdidos por causa
da
enfermidade (DALYs). É a segunda causa mais
importante de
incapacitação nos países
desenvolvidos e a quarta causa nos países em
desenvolvimento.(PORTANTO MAIS QUE DRAMA,
IGNORÂNCIA DE QUEM AFIRMA QUE O
PACIENTE
É PREGUIÇOSO, NÃO SAI DESTE ESTADO POR
NÃO QUERER, QUE FAZ DRAMA...NÃO
JULGUE:
AJUDE!
10 - Qual
a relação entre depressão e classe social?
Os estudos epidemiológicos descrevem que
pessoas com baixa escolaridade
e renda
apresentam maior prevalência de transtornos
mentais. As condições
precárias de habitação, o
isolamento social, a exposição à violência
doméstica
e a instabilidade econômica são fatores
importantes associados no incremento da
incidência de depressão.
Os eventos de vida desfavoráveis, como
desemprego, baixo acesso ao
lazer, estresse
crônico ( CASO DE PROFESSORES...)** face à
baixa escolaridade e privação
social, o convívio
mais próximo com a violência, principalmente na
periferia
dos grandes centros urbanos, são fatores
relacionados com aumento da depressão.
A
população de baixa renda é a mais necessitada
de acesso ao tratamento. Enquanto
na população
de alta renda pode haver um excesso na prescrição
de
antidepressivos e tratamentos psicoterápicos,
na população carente há baixo
acesso aos
tratamentos farmacológicos e psicológicos. (
FATO!)
11 - Por que a depressão é mais comum nas
mulheres?
Com relação ao gênero, a maioria das pesquisas
indica que as
mulheres apresentam cerca de duas
vezes mais depressão do que os homens.
No entanto, o sexo feminino parece não ser um
fator de risco ‘per se’,
mas sim o ambiente e
suporte social na maioria das culturas.
O fato de os homens relatarem menos sintomas
depressivos do que a mulher
também colabora
para esse achado.
O fato é que as mulheres provenientes de áreas
carentes e que frequentam
os centros de atenção
primária têm um excesso de transtorno depressivo,
que em
geral passa despercebida pelo clínico geral.
12 - Quais as doenças físicas associadas à
depressão?
Doenças
físicas estão, sabidamente, associadas à
maior risco de ocorrência de quadros
depressivos.
( DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS...).
Dentre elas, em razão de sua prevalência,
destacam-se as doenças
cardiovasculares
(acidentes vasculares cerebrais e infarto do
miocárdio),
doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC), neoplasias, doenças endócrinas
(hipotireoidismo, síndrome de Cushing, diabetes),
e síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS).
Pacientes portadores de quadros demenciais (por
exemplo, doença de
Alzheimer) apresentam
sintomas depressivos em até 50% dos casos e a
depressão
está presente em grande parte dos
pacientes portadores de doença de
Parkinson.
A depressão é condição frequente entre os obesos e pacientes com
hipertensão. Estudos de coorte prospectivos mostram que pessoas previamente
saudáveis que desenvolveram cardiopatia têm o dobro de risco de desenvolver
depressão após um ano. A depressão é fator de risco para acidente vascular
cerebral, câncer de colo intestinal, dores lombares, síndrome do colo irritável
e esclerose múltipla. Portanto, a depressão pode disparar doenças orgânicas e
doenças físicas podem disparar depressão. Discute-se o quanto a depressão seria
resultado dos processos biológicos inerentes às próprias doenças, das
limitações resultantes das mesmas ou de ambos os fatores.
13 - Que exames laboratoriais devem ser
13 - Que exames laboratoriais devem ser
solicitados na avaliação da depressão?
A pesquisa clínica de rotina deve incluir a
solicitação de um hemograma
completo, glicemia,
transaminases, gamaglutamiltransferase, uréia e
creatinina,
dosagens de sódio e potássio, TSH, T3
eT4, e urina tipo 1. Quando houver
dúvida sobre o
comportamento sexual, podem-se solicitar HIV e
sorologia para
sífilis. O ECG deve ser solicitado em
caso de uso de tricíclicos.
14-Os
antidepressivos causam disfunção sexual?
FATO!**
O transtorno depressivo por si está
relacionado com uma redução global da
libido que
interfere no funcionamento sexual.
A disfunção sexual associada com a depressão
encontra-se entre 35% e 50%
dos casos. O
desejo
sexual tende a melhorar com o tratamento, mas
pode também piorar em
razão de efeito colateral da
medicação antidepressiva.(FATO)
É importante investigar a vida sexual do paciente
para verificar a
presença de disfunção sexual por
este ser um motivo importante de interrupção
do
tratamento.
Muitos pacientes sentem dificuldade em abordar o
tema com o clínico,
principalmente no caso de
pacientes de gênero masculino.
Cerca
de 50% dos pacientes fazendo uso de um
ISRS vão apresentar alguma forma de
distúrbio
sexual como efeito colateral do tratamento.(FATO,
É UMA FASE QUE DOS
EFEITOS COLATERAIS DA
MEDICAÇÃO E DEVE SER ABORDADA E
RESPEITADA PELO PARCEIRO,
APOIADA E
NUNCA SUBJUGADA )
É importante excluir problemas sexuais
previamente existentes do
episódio depressivos ou
que sejam secundários a outras condições
clínicas.
Ambos os gêneros (HOMENS E
MULHERES) relatam redução ou
perda do desejo e
interesse sexual, as mulheres queixam de falta de
lubrificação e consequente dispareunia, e os
homens de retardo ejaculatório ou
ausência de
orgasmo.
A paroxetina está associada com um risco maior
de disfunção sexual quando
comparada com os
outros ISRSs. A bupropiona, a mirtazapina e a
duloxetina
(evidência maior no curto prazo)
apresentam um risco menor de disfunção sexual.
15-As pessoas que cometem suicídio são depressivas?
Cerca
de 60% a 70% dos pacientes com depressão apresentam pensamentos suicidas na
fase aguda
da depressão. (ORAS, SE PERDE-DE O
INTERESSE PELA VIDA, POR
TUDO O QUE DAVA
PRAZER À PESSOA, SOFRE O ISOLAMENTO, O
PRECONCEITO SOCIAL, A
COMEÇAR POR
PARENTES, E "AMIGOS", QUE JULGAM QUE "UM
CHACOALHÃO,
UM "SAI DESTA"; NÃO FAÇA
CORPO MOLE";NOS
ISOLAM E CABEÇA VAZIA,
TRISTE E SOZINHA...
PORTANTO
CUIDADO COM O QUE DIZ E COMO
DIZ A UM PACIENTE QUE PASSA POR
DEPRESSÃO: CONFIE
EM MIM NENHUM GOSTA
DESTA SITUAÇÃO E COBRANÇA NÃO VAI
AJUDAR, MAS REFORÇAR A
NATURAL CULPA E
SOFRIMENTO CARACTERÍSTICOS DESTA FASE.**
Aproximadamente 10% a 15% praticam alguma
forma de tentativa de suicídio e 2% a 3% dos
pacientes com depressão poderão se
matar por
consequência direta da doença.
A depressão, quando se instala, é experimentada
como um estado
permanente, do qual a pessoa
não conseguirá se livrar.
Sendo
o suicídio uma alternativa do paciente para
aliviar este sofrimento tido
naquele momento como
insuperável.
A
depressão está presente em mais de 50% dos
suicídios em adultos e em mais de
75% nas
crianças e adolescentes. O risco de suicídio
aumenta na presença de uma
doença grave, no
desemprego, nas grandes perdas financeiras, no
histórico de
tentativas prévias, na posse de armas e
nas situações de isolamento social. (FATO!)
**
16-Os
antidepressivos causam suicídio?
O Sistema de Vigilância dos Estados Unidos (FDA)
exigiu recentemente um
alerta para a prescrição de
antidepressivos para crianças e adolescentes com
depressão, na suspeita de que a medicação
induziria à ideação e o comportamento
neste grupo
de pacientes.
Este é um tópico altamente complexo porque se
trata de uma situação em que a própria doença
está associada ao suicídio.
Há evidências de que a introdução dos ISRS na
década de 90 está
relacionada com uma redução
consistente de suicídios nos EUA.
Os dados mais preocupantes dizem respeito a uma
possível exacerbação dos
pensamentos suicidas
em crianças e adolescentes para a maioria dos
antidepressivos, com exceção da fluoxetina.
O
fato é que o uso de ISRS pode ter influenciado
num afrouxamento na vigilância
do risco de
suicídio, pela segurança do baixo risco de
overdose.(FATO)**
Deve-se
lembrar que o risco de suicídio é muito
maior na ausência de tratamento da
depressão do
que nos possíveis casos da indução suicida pela
medicação.
O
clínico deve, portanto alertar o paciente e os familiares da possibilidade da
medicação induzir pensamentos suicidas, principalmente no início do tratamento,
em que a droga não atingiu a resposta clínica esperada.( FATO!) **
17- O que é importante pesquisar na anamnese na depressão?
17- O que é importante pesquisar na anamnese na depressão?
São várias as condições médicas que podem estar
associadas à emergência
de sintomas
depressivos: hipotireoidismo, reumatismo
artróide e doença de
Parkinson.
Algumas
medicações de uso rotineiro na clínica
devem ser pesquisadas, pelo potencial de
disparar
ou piorar os sintomas depressivos:(FATO)**
· Anti-hipertensinvos:
propanolol, reserpina,
metildopa e diuréticos tiazídicos;
· Antiácidos:
cimetidina e ranitidina;
· Anti-inflamatórios:
prednisona e
anti-inflamatórios não-esteroides;
· Outros:
digitálicos e metoclopramida.
· O clínico deve
avaliar o possível consumo de
álcool e drogas e uso de anfetaminas para inibir
o
apetite, estas sobretudo entre as mulheres.
18-O que deve ser comunicado aos familiares?
Apesar
dos avanços no tratamento, há muito
estigma
e desinformação
quanto ao potencial dos
tratamentos medicamentosos
e psicoterápicos na
depressão. (FATO)**
É
senso comum acreditar que a depressão não tem
cura, que pode ser uma
fraqueza
de caráter, e que pode ser devida à falta
de ocupação.( PRINCIPALMENTE
POR PESSOAS
MAIS PRÓXIMAS, O QUE AGRAVA OS
SENTIMENTOS
DE ISOLAMENTO, SOFRIMENTO,
CULPA) **
Acredita-se também que, com esforço e
determinação, o paciente
poderá
melhorar sozinho e que os medicamentos
antidepressivos tornam a pessoa
“dependente”.( FATO! A
DEPENDÊNCIA AOS
MEDICAMENTOS É REAL, É
ESTIGMATIZADA E DOLOROSA!)**
Portanto, várias pessoas no país ainda resistem à
busca de tratamento para depressão, com
consequente perda de qualidade de
vida e
impacto no risco de desenvolver outras doenças,
abreviando a
longevidade.
Os familiares
devem ser informados que no início
do tratamento
os pacientes não conseguem(
ATENTEM PARA
O FATO: NÃO CONSEGUEM, E
NÃO QUE NÃO QUEIRAM,
OU ESTEJAM
FAZENDO DRAMA...)** participar
de atividades sociais.
É muito comum a crença de que os pacientes
devem se
ajudar buscando atividades recreativas.
Na fase aguda da doença não há como esperar
a participação dos
pacientes nestas atividades,
pelo comprometimento geral da libido que
acarreta a depressão. Os familiares
devem, portanto
ser informados sobre
os principais sintomas da
depressão e respeitar os limites
do paciente
na fase aguda do episódio depressivo.
19-Em que situações o paciente deve ser
encaminhado para o psiquiatra?
No caso do paciente falhar em duas tentativas de
uso adequado da dose
dos antidepressivos, após
cinco a oito semanas de tratamento; na
vigência de
risco
importante de suicídio, na vigência de
planejamento ou
tentativa; no quadro depressivo
grave, com
parada na ingestão alimentar ou na
presença de inibição
psicomotora importante; na
situação de gravidez ou
de planos para engravidar;
ausência de suporte
social (paciente sem amigos
ou familiares, vivendo
sozinho), ( FATO, CRUEL E
AGRAVANTE!)**incapacitação
grave decorrente do
estado depressivo; em situações
de comorbidade
tais como dependência de álcool
e drogas,
síndrome do pânico, transtorno
obsessivo-compulsivo
e demência; na vigência de
mania (transtorno
afetivo bipolar); na dúvida
diagnóstica.
20-O que esperar do sistema único de saúde em
relação ao tratamento da depressão?
O
médico não-especialista ( E PORTANTO POR
VEZES CHEGANDO A
ENVERGONHAR
O PACIENTE: VOCÊ NÃO TEM
NADA...) irá se deparar, com frequência, com
pacientes portadores de depressão.
A correta identificação destes constitui o primeiro
passo para que o tratamento adequado possa ser
instaurado. Medidas educacionais para melhorar
o diagnóstico e o manejo
dos
quadros depressivos devem
ser incluídas, na formação do médico
generalista.(FATO!)
Adicionalmente, é necessário que
estes profissionais disponham de uma rede
efetiva
de encaminhamento para serviços de saúde
mental, de modo a poder
referir
tais pacientes para atendimento
especializado quando necessário.
** Notas pessoais
Penélope Sharmosa
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