domingo, 11 de agosto de 2013

DEPRESSÃO UMA FASE, UMA DOENÇA QUE PRECISA SER ESCLARECIDA

1 - O que é depressão? 



A depressão é principalmente a sensação de perda do sentimento de felicidade,a pessoa deixa de sentir prazer em tudo que gostava, desaparece o prazer de se alimentar, a sexualidade fica anestesiada e não há mais crença no amor. A pessoa perde a criatividade, não consegue acompanhar um filme ou ler um livro que tanto apreciava. Acorda de manhã com a mente invadida por idéias negativas e catastróficas, quer permanecer na cama e a sensação de angústia se aprofunda.( FATO!) **
O futuro torna-se incerto e aterrorizador. Nada mais pode dar certo, e tudo se passa como se a própria alma houvesse partido. Há um sentimento persistente de medo do futuro, a mente antecipa acontecimentos catastróficos e negativos. (FATO)**

2 - Quais os sintomas mais importantes da depressão? 

Os sintomas mais freqüentes da depressão passam pela sensação de tristeza persistente e perda de prazer. Há uma perda de interesse nas atividades de rotina. Pode haver aumento ou perda de peso, insônia ou hipersônia. ( FATO!)
Há uma inquietação ou inibição motora e diminuição da velocidade dos pensamentos. A sensação de fadiga é freqüente, a pessoa não consegue se concentrar e torna-se indecisa. Os pensamentos são invadidos por conteúdo de inferioridade e culpa, em um estado contínuo de ruminação depressiva. O vazio e a desesperança invadem o cotidiano, com a presença constante de ansiedade. Mesmo formas suaves da crise podem se tornar devastadoras para o paciente. Esta sensação de angústia e dor pode tornar a vida desagradável e sem sentido. ( FATO)

Para o clínico caracterizar como problema relevante, é preciso elucidar que houve mudança qualitativa importante na vida da pessoa. A crise deve ser persistente por pelo menos de duas a quatro semanas. 
O diagnóstico da depressão deve, portanto, ser baseado no nível de gravidade dos sintomas, na persistência dos mesmos, e do impacto destes sintomas no prejuízo do funcionamento cognitivo e social.







3 - Como se faz o diagnóstico de depressão? 

Os episódios depressivos (Depressão Maior) são caracterizados por períodos bem delimitados, com duração de no mínimo duas semanas, durante os quais o paciente exibe sintomas depressivos durante a maior parte do dia. Pelo menos cinco sintomas devem estar presentes e ao menos um deve ser representado por humor deprimido ou perda de interesse/prazer. Os sintomas devem, via de regra, infligir considerável grau de sofrimento psíquico ao paciente em questão, ou afetar negativamente suas atividades cotidianas (o conjunto de atividades fundamentais que compões o dia-a-dia de um indivíduo). ( FATO!) **

De acordo com o grau de comprometimento ou sofrimento a ele associado, bem como com o número de sintomas, o episódio depressivo poderá ser classificado em leve, moderado ou grave.

4 - O que é distimia? ( ERRONEAMENTE CONHECIDO 

COMO MAL HUMOR!!!)

No transtorno distímico, o paciente apresenta humor cronicamente depressivo, ao longo de um período de pelo menos dois anos. Os sintomas são encontrados em número e intensidade menor que no caso dos episódios depressivos e tendem a ser incorporados ao “jeito de ser” do paciente que, durante a maior parte do tempo, é percebido como uma pessoa pessimista, mal-humorada ou cansada.(FATO)

5 - O que é transtorno afetivo bipolar? 

O transtorno afetivo bipolar (TAB) caracteriza-se por oscilações do humor entre os pólos da depressão e da euforia (mania ou hipomania). 
Durante a fase depressiva, o TAB pode ser indistinguível da depressão unipolar, a não ser que se disponha de dados de história sobre episódios prévios de exaltação do humor, fornecidos pelo próprio paciente ou por familiares. 
Sintomas a serem pesquisados para a identificação de tais episódios de exaltação incluem aceleração psicomotora, logorréia, gastos excessivos, auto-estima excessivamente elevada e idéias grandiosas, muitas vezes de cunho delirante.

6 - Qual a frequência da depressão na população?

A depressão é uma causa importante de incapacitação na população e afeta anualmente cerca de 4% da população feminina e 2% da população masculina. 
A prevalência da depressão é mais ou menos parecida nos diferentes países ocidentais. 
A incidência anual estimada é de aproximadamente 0,4% para homens e 0,8% para mulheres. 
Em algum momento da vida, aproximadamente 25% das mulheres e 10% dos homens vão enfrentar pelo menos uma crise depressiva. 

Dentre os pacientes que frequentam atenção primária ou programas de saúde à família, de 5% a 12% apresentam um quadro depressivo que vai demandar cuidados psicológicos e/ou tratamento medicamentoso. 
É, portanto, fundamental o papel do médico e de outros profissionais de saúde como psicólogos e enfermeiros na identificação do problema e tratamento da pessoa com depressão.

7 - A depressão é hereditária? 

A história familiar é responsável por 39% da variância da depressão para ambos os sexos. 
Os gêmeos monozigóticos (MZ) e dizigóticos (DZ) sofrem influência ambiental semelhante, contudo, os MZ são geneticamente idênticos, enquanto os DZ compartilham apenas a metade de sua carga genética. Desse modo, em enfermidades determinadas pelo ambiente a concordância entre MZ e DZ seria próxima, ao passo que em enfermidades genéticas a concordância nos MZ seria significativamente maior que nos DZ e tenderia a se aproximar de 100%. 
Na depressão as taxas de concordância giram em torno de 60% para os gêmeos monozigóticos e 25% para os dizigóticos, uma taxa de duas a três vezes maiores, dando subsídios à hipótese genética. 
O modo de transmissão não está totalmente esclarecido, mas é provavelmente multifatorial, sem um locus gênico específico, tratando-se provavelmente de um transtorno com heterogeneidade etiológica. Há famílias que concentram vários casos de depressão, o que deve sempre ser investigado pelo clínico.

8 - O que causa a depressão? 

É possível que uma combinação de fatores dispare o estado depressivo, com parte do risco atribuído à variabilidade biológica (genética) e parte aos eventos vitais. Os estudos de interação gene-ambiente investigam efeitos genéticos combinados a causas ambientais no aumento da vulnerabilidade frente aos transtornos mentais. 
Eventos estressantes como perdas, ameaças, humilhações podem disparar uma depressão, mas muitas pessoas submetidas às mesmas experiências permanecem estáveis psicologicamente. É possível que a vulnerabilidade ao estresse esteja codificada em nossos genes, na sequência do DNA. Foi demonstrado que os indivíduos que têm um ou dois alelos curtos apresentam maior risco de depressão após eventos estressantes do que indivíduos que possuem dois alelos longos. **
A incorporação de métodos biológicos a desenhos analíticos, principalmente de coortes amplas de longa duração, tem permitido o estudo da possível interação de determinantes biológicos com processos psicológicos, culturais e sociológicos, rompendo o modelo cartesiano mente-corpo.

9 - Qual o impacto social da depressão? 

O impacto social da depressão inclui tanto a incapacidade individual como o fardo familiar associado à doença. Sintomas depressivos e depressão maior são problemas comuns e importantes para a saúde pública. (FATO! NÃO SE TRATA , PORTANTO, DE FALTA DE VONTADE, DE "DRAMA" DO PACIENTE).**

Os custos da assistência médica, tempo de trabalho perdido e a diminuição da qualidade de vida associam-se de forma clara e consistente com transtornos depressivos. 
Apesar de serem transtornos crônicos, ( FATO, SIGNIFICA QUE O PACIENTE TERÁ MOMENTOSD, ANOS ATÉ DE MELHORA, PORÉM PODERÁ TER UMA RACAÍDA SE SOFRER ALGUM ESTÍMULO NEGATIVO, ALGUMA PERDA,ETC)**os transtornos depressivos são condições tratáveis e as opções terapêuticas têm crescido muito nas últimas décadas. 
A depressão é uma das causas mais importantes de incapacitação na população adulta, quando se estima os dias úteis de saúde perdidos por causa da enfermidade (DALYs). É a segunda causa mais importante de incapacitação nos países desenvolvidos e a quarta causa nos países em desenvolvimento.(PORTANTO MAIS QUE DRAMA, IGNORÂNCIA DE QUEM AFIRMA QUE O PACIENTE É PREGUIÇOSO, NÃO SAI DESTE ESTADO POR NÃO QUERER, QUE FAZ DRAMA...NÃO JULGUE: AJUDE!
10 - Qual a relação entre depressão e classe social? 

Os estudos epidemiológicos descrevem que pessoas com baixa escolaridade e renda apresentam maior prevalência de transtornos mentais. As condições precárias de habitação, o isolamento social, a exposição à violência doméstica e a instabilidade econômica são fatores importantes associados no incremento da incidência de depressão. 
Os eventos de vida desfavoráveis, como desemprego, baixo acesso ao lazer, estresse crônico ( CASO DE PROFESSORES...)** face à baixa escolaridade e privação social, o convívio mais próximo com a violência, principalmente na periferia dos grandes centros urbanos, são fatores relacionados com aumento da depressão.
A população de baixa renda é a mais necessitada de acesso ao tratamento. Enquanto na população de alta renda pode haver um excesso na prescrição de antidepressivos e tratamentos psicoterápicos, na população carente há baixo acesso aos tratamentos farmacológicos e psicológicos. ( FATO!)

11 - Por que a depressão é mais comum nas mulheres? 

Com relação ao gênero, a maioria das pesquisas indica que as mulheres apresentam cerca de duas vezes mais depressão do que os homens. 
No entanto, o sexo feminino parece não ser um fator de risco ‘per se’, mas sim o ambiente e suporte social na maioria das culturas. 
O fato de os homens relatarem menos sintomas depressivos do que a mulher também colabora para esse achado. 
O fato é que as mulheres provenientes de áreas carentes e que frequentam os centros de atenção primária têm um excesso de transtorno depressivo, que em geral passa despercebida pelo clínico geral.

12 - Quais as doenças físicas associadas à depressão? 

Doenças físicas estão, sabidamente, associadas à maior risco de ocorrência de quadros depressivos.( DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS...).

Dentre elas, em razão de sua prevalência, destacam-se as doenças cardiovasculares (acidentes vasculares cerebrais e infarto do miocárdio), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), neoplasias, doenças endócrinas (hipotireoidismo, síndrome de Cushing, diabetes), e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). 
Pacientes portadores de quadros demenciais (por exemplo, doença de Alzheimer) apresentam sintomas depressivos em até 50% dos casos e a depressão está presente em grande parte dos pacientes portadores de doença de Parkinson. 

A depressão é condição frequente entre os obesos e pacientes com hipertensão. Estudos de coorte prospectivos mostram que pessoas previamente saudáveis que desenvolveram cardiopatia têm o dobro de risco de desenvolver depressão após um ano. A depressão é fator de risco para acidente vascular cerebral, câncer de colo intestinal, dores lombares, síndrome do colo irritável e esclerose múltipla. Portanto, a depressão pode disparar doenças orgânicas e doenças físicas podem disparar depressão. Discute-se o quanto a depressão seria resultado dos processos biológicos inerentes às próprias doenças, das limitações resultantes das mesmas ou de ambos os fatores.

13 - Que exames laboratoriais devem ser solicitados na avaliação da depressão? 

A pesquisa clínica de rotina deve incluir a solicitação de um hemograma completo, glicemia, transaminases, gamaglutamiltransferase, uréia e creatinina, dosagens de sódio e potássio, TSH, T3 e T4, e urina tipo 1. Quando houver dúvida sobre o comportamento sexual, podem-se solicitar HIV e sorologia para sífilis. O ECG deve ser solicitado em caso de uso de tricíclicos.

14-Os antidepressivos causam disfunção sexual? 

FATO!** O transtorno depressivo por si está relacionado com uma redução global da libido que interfere no funcionamento sexual. 
A disfunção sexual associada com a depressão encontra-se entre 35% e 50% dos casos. O desejo sexual tende a melhorar com o tratamento, mas pode também piorar em razão de efeito colateral da medicação antidepressiva.(FATO)
É importante investigar a vida sexual do paciente para verificar a presença de disfunção sexual por este ser um motivo importante de interrupção do tratamento. 
Muitos pacientes sentem dificuldade em abordar o tema com o clínico, principalmente no caso de pacientes de gênero masculino. 
Cerca de 50% dos pacientes fazendo uso de um ISRS vão apresentar alguma forma de distúrbio sexual como efeito colateral do tratamento.(FATO, É UMA FASE QUE DOS EFEITOS COLATERAIS DA MEDICAÇÃO E DEVE SER ABORDADA E RESPEITADA PELO PARCEIRO, APOIADA E NUNCA SUBJUGADA ) 

É importante excluir problemas sexuais previamente existentes do episódio depressivos ou que sejam secundários a outras condições clínicas. 
Ambos os gêneros (HOMENS E MULHERES) relatam redução ou perda do desejo e interesse sexual, as mulheres queixam de falta de lubrificação e consequente dispareunia, e os homens de retardo ejaculatório ou ausência de orgasmo. 
A paroxetina está associada com um risco maior de disfunção sexual quando comparada com os outros ISRSs. A bupropiona, a mirtazapina e a duloxetina (evidência maior no curto prazo) apresentam um risco menor de disfunção sexual.

15-As pessoas que cometem suicídio são depressivas? 

Cerca de 60% a 70% dos pacientes com depressão apresentam pensamentos suicidas na fase aguda da depressão.  (ORAS, SE PERD-DE O INTERESSE PELA VIDA, POR TUDO O QUE DAVA PRAZER À PESSOA, SOFRE O ISOLAMENTO, O PRECONCEITO SOCIAL, A COMEÇAR POR PARENTES, E "AMIGOS", QUE JULGAM QUE "UM CHACOALHÃO, UM "SAI DESTA"; NÃO FAÇA CORPO MOLE";
NOS ISOLAM E CABEÇA VAZIA, TRISTE E SOZINHA...

PORTANTO CUIDADO COM O QUE DIZ E COMO DIZ A UM PACIENTE QUE PASSA POR DEPRESSÃO: CONFIE EM MIM NENHUM GOSTA DESTA SITUAÇÃO E COBRANÇA NÃO VAI AJUDAR, MAS REFORÇAR A NATURAL CULPA E SOFRIMENTO CARACTERÍSTICOS DESTA FASE.**

Aproximadamente 10% a 15% praticam alguma forma de tentativa de suicídio e 2% a 3% dos pacientes com depressão poderão se matar por consequência direta da doença. 

A depressão, quando se instala, é experimentada como um estado permanente, do qual a pessoa não conseguirá se livrar. 

Sendo o suicídio  uma alternativa do paciente para aliviar este sofrimento tido naquele momento como insuperável. 
A depressão está presente em mais de 50% dos suicídios em adultos e em mais de 75% nas crianças e adolescentes. O risco de suicídio aumenta na presença de uma doença grave, no desemprego, nas grandes perdas financeiras, no histórico de tentativas prévias, na posse de armas e nas situações de isolamento social. (FATO!) **

16-Os antidepressivos causam suicídio? 

O Sistema de Vigilância dos Estados Unidos (FDA) exigiu recentemente um alerta para a prescrição de antidepressivos para crianças e adolescentes com depressão, na suspeita de que a medicação induziria à ideação e o comportamento neste grupo de pacientes. 
Este é um tópico altamente complexo porque se trata de uma situação em que a própria doença está associada ao suicídio. 
Há evidências de que a introdução dos ISRS na década de 90 está relacionada com uma redução consistente de suicídios nos EUA. 
Os dados mais preocupantes dizem respeito a uma possível exacerbação dos pensamentos suicidas em crianças e adolescentes para a maioria dos antidepressivos, com exceção da fluoxetina. 
O fato é que o uso de ISRS pode ter influenciado num afrouxamento na vigilância do risco de suicídio, pela segurança do baixo risco de overdose.(FATO)**

Deve-se lembrar que o risco de suicídio é muito maior na ausência de tratamento da depressão do que nos possíveis casos da indução suicida pela medicação. 

O clínico deve, portanto alertar o paciente e os familiares da possibilidade da medicação induzir pensamentos suicidas, principalmente no início do tratamento, em que a droga não atingiu a resposta clínica esperada.( FATO!) **

17- O que é importante pesquisar na anamnese na depressão? 

São várias as condições médicas que podem estar associadas à emergência de sintomas depressivos: hipotireoidismo, reumatismo artróide e doença de Parkinson. 
Algumas medicações de uso rotineiro na clínica devem ser pesquisadas, pelo potencial de disparar ou piorar os sintomas depressivos:(FATO)**

·   Anti-hipertensinvos: propanolol, reserpina, metildopa e diuréticos tiazídicos;
·   Antiácidos: cimetidina e ranitidina;
·   Antiinflamatórios: prednisona e antiinflamatórios não-esteróides;
·   Outros: digitálicos e metoclopramida.
·   O clínico deve avaliar o possível consumo de álcool e drogas e uso de anfetaminas para inibir o apetite, estas sobretudo entre as mulheres.

18-O que deve ser comunicado aos familiares? 

Apesar dos avanços no tratamento, há muito estigma e 

desinformação quanto ao potencial dos tratamentos 

medicamentosos e psicoterápicos na depressão. ( FATO)**

É senso comum acreditar que a depressão não tem cura, que pode ser uma 

fraqueza de caráter, e que pode ser devida à falta de ocupação.( 

PRINCIPALMENTE POR PESSOAS MAIS PRÓXIMAS, O QUE AGRAVA OS 

SENTIMENTOS DE ISOLAMENTO, SOFRIMENTO, CULPA) **


Acredita-se também que, com esforço e determinação, o paciente poderá 

melhorar sozinho e que os medicamentos antidepressivos tornam a pessoa 

“dependente”. (FATO! A DEPENDÊNCIA AOS MEDICAMENTOS É REAL, É 

ESTIGMATIZADA E DOLOROSA!)**

Portanto, várias pessoas no país ainda resistem à busca de 

tratamento para depressão, com consequente perda de qualidade de vida e 

impacto no risco de desenvolver outras doenças, abreviando a longevidade. 

Os familiares devem ser informados que no início do 

tratamento os pacientes não conseguem( ATENTEM 

PARA O FATO: NÃO CONSEGUEM, E NÃO QUE NÃO 

QUEIRAM, OU ESTEJAM FAZENDO DRAMA...)** 

participar de atividades sociais. 

É muito comum a crença de que os pacientes devem se ajudar 

buscando atividades recreativas. 

Na fase aguda da doença não há como esperar a participação dos pacientes 

nestas atividades, pelo comprometimento geral da libido que acarreta a 

depressão. Os familiares devem, portanto ser informados 

sobre os principais sintomas da depressão e respeitar os 

limites do paciente na fase aguda do episódio 

depressivo.


19-Em que situações o paciente deve ser encaminhado 

para o psiquiatra? 

No caso do paciente falhar em duas tentativas de uso adequado da dose dos antidepressivos, após cinco a oito semanas de tratamento; na vigência de 

risco importante de suicídio, na vigência de 

planejamento ou tentativa; no quadro depressivo grave, 

com parada na ingestão alimentar ou na presença de 

inibição psicomotora importante; na situação de 

gravidez ou de planos para engravidar; ausência de 

suporte social (paciente sem amigos ou familiares, 

vivendo sozinho), (  FATO, CRUEL E AGRAVANTE!)**

incapacitação grave decorrente do estado depressivo; 

em situações de comorbidade tais como dependência de 

álcool e drogas, síndrome do pânico, transtorno 

obsessivo-compulsivo e demência; na vigência de mania 

(transtorno afetivo bipolar); na dúvida diagnóstica.


20-O que esperar do sistema único de saúde em relação 

ao tratamento da depressão? 

O médico não-especialista ( E PORTANTO POR VEZES CHEGANDO A 

ENVERGONHAR O PACIENTE: VOCÊ NÃO TEM NADA...) irá se deparar, com 

frequência, com pacientes portadores de depressão. 

A correta identificação destes constitui o primeiro passo para que o tratamento 

adequado possa ser instaurado. 

Medidas educacionais para melhorar o diagnóstico e o 

manejo dos quadros depressivos devem ser incluídas, 

na formação do médico generalista.( FATO!) 

Adicionalmente, é necessário que estes profissionais disponham de uma rede 

efetiva de encaminhamento para serviços de saúde mental, de modo a poder 

referir tais pacientes para atendimento especializado quando necessário.


** Notas pessoais

Penélope Sharmosa


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