segunda-feira, 16 de setembro de 2013

MITOS DA DEPRESSÃO E ASSISTÊNCIA MÉDICA NA REDE PÚBLICA

1 - O que é depressão? 



A depressão é principalmente a sensação de perda 

do sentimento de felicidade,a pessoa deixa de 

sentir prazer em tudo que gostava, desaparece o 

prazer de se alimentar, a sexualidade fica 

anestesiada e não há mais crença no amor. A 

pessoa perde a criatividade, não consegue 

acompanhar um filme ou ler um livro que tanto 

apreciava. Acorda de manhã com a mente invadida 


por idéias negativas e catastróficas, quer 

permanecer na cama e a sensação de angústia se 

aprofunda.( FATO!) **






O futuro torna-se incerto e aterrorizador. Nada 
mais pode dar certo, e tudo se passa como se a 
própria alma houvesse partido. Há um sentimento 
persistente de medo do futuro, a mente antecipa 
acontecimentos catastróficos e negativos. (FATO)**




2 - Quais os sintomas mais importantes da 
depressão? 
Os sintomas mais freqüentes da depressão 

passam pela sensação de tristeza persistente e 

perda de prazer. Há uma perda de interesse nas 

atividades de rotina. Pode haver aumento ou perda 

de peso, insônia ou hipersônia. ( FATO!)

Há uma inquietação ou inibição motora e 

diminuição da velocidade dos pensamentos. 

sensação de fadiga é freqüente, a pessoa não 

consegue se concentrar e torna-se indecisa. Os 

pensamentos são invadidos por conteúdo de 

inferioridade e culpa, em um estado contínuo de 

ruminação depressiva. O vazio e a desesperança 

invadem o cotidiano, com a presença constante de 

ansiedade. Mesmo formas suaves da crise podem 

se tornar devastadoras para o paciente. Esta 

sensação de angústia e dor pode tornar a vida 

desagradável e sem sentido. ( FATO)

Para o clínico caracterizar como problema 

relevante, é preciso elucidar que houve mudança 

qualitativa importante na vida da pessoa. A crise 

deve ser persistente por pelo menos de duas a 

quatro semanas. 

O diagnóstico da depressão deve, portanto, ser 
baseado no nível de gravidade dos sintomas, na 
persistência dos mesmos, e do impacto destes 
sintomas no prejuízo do funcionamento cognitivo 
social.




3 - Como se faz o diagnóstico de depressão? 
Os episódios depressivos (Depressão Maior) são 

caracterizados por períodos bem delimitados, com 

duração de no mínimo duas semanas, durante os 

quais o paciente exibe sintomas depressivos 

durante a maior parte do dia. Pelo menos cinco 

sintomas devem estar presentes e ao menos um 

deve ser representado por humor deprimido ou 

perda de interesse/prazer. Os sintomas devem, via 

de regra, infligir considerável grau de sofrimento 

psíquico ao paciente em questão, ou afetar 

negativamente suas atividades cotidianas (o 

conjunto de atividades fundamentais que 

compões o dia-a-dia de um indivíduo). ( FATO!) **

De acordo com o grau de comprometimento ou 

sofrimento a ele associado, bem como com o número de sintomas, o episódio depressivo 

poderá ser classificado em leve, moderado ou 

grave.









4 - O que é distimia? ( ERRONEAMENTE 

CONHECIDO COMO MAL HUMOR!!!)

No transtorno distímico, o paciente apresenta 
humor cronicamente depressivo, ao longo de um 
período de pelo menos dois anos. Os sintomas são 
encontrados em número e intensidade menor que 
no caso dos episódios depressivos e tendem a ser 
incorporados ao “jeito de ser” do paciente que, 
durante a maior parte do tempo, é percebido como 
uma pessoa pessimista, mal-humorada ou cansada.
(FATO)



5 - O que é transtorno afetivo bipolar? 
O transtorno afetivo bipolar (TAB) caracteriza-se 

por oscilações do humor entre os pólos da 

depressão e da euforia (mania ou hipomania). 

Durante a fase depressiva, o TAB pode ser 

indistinguível da depressão unipolar, a não ser 

que se disponha de dados de história sobre 

episódios prévios de exaltação do humor, 

fornecidos pelo próprio paciente ou por familiares. 

Sintomas a serem pesquisados para a 
identificação de tais episódios de exaltação 
incluem aceleração psicomotora, logorreiagastos 
excessivos, auto-estima excessivamente elevada e 
idéias grandiosas, muitas vezes de cunho 
delirante.



6 - Qual a frequência da depressão na população?


A depressão é uma causa importante de 

incapacitação na população e afeta anualmente 

cerca de 4% da população feminina e 2% da 

população masculina. 

A prevalência da depressão é mais ou menos 

parecida nos diferentes países ocidentais. 


A incidência anual estimada é de aproximadamente 

0,4% para homens e 0,8% para mulheres. 

Em algum momento da vida, aproximadamente 

25% das mulheres e 10% dos homens vão enfrentar 

pelo menos uma crise depressiva. 

Dentre os pacientes que frequentam atenção 

primária ou programas de saúde à família, de 5% a 

12% apresentam um quadro depressivo que vai 

demandar cuidados psicológicos e/ou tratamento 

medicamentoso. 

É, portanto, fundamental o papel do médico e de 
outros profissionais de saúde como psicólogos e 
enfermeiros na identificação do problema e 
tratamento da pessoa com depressão.



7 - A depressão é hereditária? 


A história familiar é responsável por 39% da 


variância da depressão para ambos os sexos. 

Os gêmeos monozigóticos (MZ) e dizigóticos (DZ) 

sofrem influência ambiental semelhante, contudo, 

os MZ são geneticamente idênticos, enquanto os 

DZ compartilham apenas a metade de sua carga 

genética. Desse modo, em enfermidades 

determinadas pelo ambiente a concordância entre 

MZ e DZ seria próxima, ao passo que em 

enfermidades genéticas a concordância nos MZ 

seria significativamente maior que nos DZ e 

tenderia a se aproximar de 100%. 

Na depressão as taxas de concordância giram em 

torno de 60% para os gêmeos monozigóticos e 

25% para os dizigóticos, uma taxa de duas a três 

vezes maiores, dando subsídios à hipótese 

genética. 

O modo de transmissão não está totalmente 
esclarecido, mas é provavelmente multifatorial, 
sem um locus gênico específico, tratando-se 
provavelmente de um transtorno com 
heterogeneidade etiológica. Há famílias que 
concentram vários casos de depressão, o que deve 
sempre ser investigado pelo clínico.



8 - O que causa a depressão? 





É possível que uma combinação de fatores dispare 

o estado depressivo, com parte do risco atribuído à 

variabilidade biológica (genética) e parte aos 

eventos vitais. Os estudos de interação gene-

ambiente investigam efeitos genéticos combinados 

a causas ambientais no aumento da 

vulnerabilidade frente aos transtornos mentais. 

Eventos estressantes como perdas, ameaças, 

humilhações podem disparar uma depressão, mas 

muitas pessoas submetidas às mesmas 

experiências permanecem estáveis 

psicologicamente. É possível que a vulnerabilidade 

ao estresse esteja codificada em nossos genes, na 

sequência do DNA. Foi demonstrado que os 

indivíduos que têm um ou dois alelos curtos 

apresentam maior risco de depressão após 

evento estressantes do que indivíduos que 

possuem dois alelos longos.

 **
A incorporação de métodos biológicos a desenhos 
analíticos, principalmente de coortes amplas de 
longa duração, tem permitido o estudo da possível 
interação de determinantes biológicos com 
processos psicológicos, culturais e sociológicos, 
rompendo o modelo cartesiano mente-corpo.


9- Qual o impacto social da depressão? 





O impacto social da depressão inclui tanto a 

incapacidade individual como o fardo familiar 

associado à doença. Sintomas depressivos e 

depressão maior são problemas comuns e 

importantes para a saúde pública. (FATO! NÃO SE 

TRATA , PORTANTO, DE FALTA DE VONTADE, DE 

"DRAMA" DO PACIENTE).**

Os custos da assistência médica, tempo de 

trabalho perdido e a diminuição da qualidade de 

vida associam-se de forma clara e consistente com 

transtornos depressivos. 

Apesar de serem transtornos crônicos, ( FATO, 

SIGNIFICA QUE O PACIENTE TERÁ MOMENTOSD, 

ANOS ATÉ DE MELHORA, PORÉM PODERÁ TER 

UMA RECAÍDA SE SOFRER ALGUM ESTÍMULO 

NEGATIVO, ALGUMA PERDA,ETC)**os transtornos 

depressivos são condições tratáveis e as opções 

terapêuticas têm crescido muito nas últimas 

décadas. 

A depressão é uma das causas mais importantes 
de incapacitação na população adulta, quando se 
estima os dias úteis de saúde perdidos por causa 
da enfermidade (DALYs). É a segunda causa mais 
importante de incapacitação nos países 
desenvolvidos e a quarta causa nos países em 
desenvolvimento.(PORTANTO MAIS QUE DRAMA, 
IGNORÂNCIA DE QUEM AFIRMA QUE O PACIENTE 
É PREGUIÇOSO, NÃO SAI DESTE ESTADO POR 
NÃO QUERER, QUE FAZ DRAMA...NÃO JULGUE: 
AJUDE!

10 - Qual a relação entre depressão e classe social? 


Os estudos epidemiológicos descrevem que 

pessoas com baixa escolaridade e renda 

apresentam maior prevalência de transtornos 

mentais. As condições precárias de habitação, o 

isolamento social, a exposição à violência 

doméstica e a instabilidade econômica são fatores 

importantes associados no incremento da 

incidência de depressão. 

Os eventos de vida desfavoráveis, como 

desemprego, baixo acesso ao lazer, estresse 

crônico ( CASO DE PROFESSORES...)** face à 

baixa escolaridade e privação social, o convívio 

mais próximo com a violência, principalmente na 

periferia dos grandes centros urbanos, são fatores 

relacionados com aumento da depressão.

A população de baixa renda é a mais necessitada 
de acesso ao tratamento. Enquanto na população 
de alta renda pode haver um excesso na prescrição 
de antidepressivos e tratamentos psicoterápicos, 
na população carente há baixo acesso aos 
tratamentos farmacológicos e psicológicos. ( 
FATO!)

11 - Por que a depressão é mais comum nas 
mulheres? 


Com relação ao gênero, a maioria das pesquisas 

indica que as mulheres apresentam cerca de duas 

vezes mais depressão do que os homens. 

No entanto, o sexo feminino parece não ser um 

fator de risco ‘per se’, mas sim o ambiente e 

suporte social na maioria das culturas. 

O fato de os homens relatarem menos sintomas 

depressivos do que a mulher também colabora 

para esse achado. 

O fato é que as mulheres provenientes de áreas 
carentes e que frequentam os centros de atenção 
primária têm um excesso de transtorno depressivo, 
que em geral passa despercebida pelo clínico geral.

12 - Quais as doenças físicas associadas à 
depressão? 


Doenças físicas estão, sabidamente, associadas à 

maior risco de ocorrência de quadros depressivos.

DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS...).

Dentre elas, em razão de sua prevalência, 

destacam-se as doenças cardiovasculares 

(acidentes vasculares cerebrais e infarto do 

miocárdio), doença pulmonar obstrutiva crônica 

(DPOC), neoplasias, doenças endócrinas 

(hipotireoidismo, síndrome de Cushing, diabetes), 

síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). 

Pacientes portadores de quadros demenciais (por 

exemplo, doença de Alzheimer) apresentam 

sintomas depressivos em até 50% dos casos e a 

depressão está presente em grande parte dos 

pacientes portadores de doença de Parkinson. 

A depressão é condição frequente entre os obesos e pacientes com hipertensão. Estudos de coorte prospectivos mostram que pessoas previamente saudáveis que desenvolveram cardiopatia têm o dobro de risco de desenvolver depressão após um ano. A depressão é fator de risco para acidente vascular cerebral, câncer de colo intestinal, dores lombares, síndrome do colo irritável e esclerose múltipla. Portanto, a depressão pode disparar doenças orgânicas e doenças físicas podem disparar depressão. Discute-se o quanto a depressão seria resultado dos processos biológicos inerentes às próprias doenças, das limitações resultantes das mesmas ou de ambos os fatores.

13 - Que exames laboratoriais devem ser 
solicitados na avaliação da depressão? 

A pesquisa clínica de rotina deve incluir a 
solicitação de um hemograma completo, glicemia, 
transaminases, gamaglutamiltransferase, uréia e 
creatinina, dosagens de sódio e potássio, TSH, T3 
eT4, e urina tipo 1. Quando houver dúvida sobre o 
comportamento sexual, podem-se solicitar HIV e 
sorologia para sífilis. O ECG deve ser solicitado em 
caso de uso de tricíclicos.



14-Os antidepressivos causam disfunção sexual? 


FATO!** O transtorno depressivo por si está 

relacionado com uma redução global da libido que 

interfere no funcionamento sexual. 

A disfunção sexual associada com a depressão 

encontra-se entre 35% e 50% dos casos. O desejo 

sexual tende a melhorar com o tratamento, mas 

pode também piorar em razão de efeito colateral da 

medicação antidepressiva.(FATO)

É importante investigar a vida sexual do paciente 

para verificar a presença de disfunção sexual por 

este ser um motivo importante de interrupção do 

tratamento. 

Muitos pacientes sentem dificuldade em abordar o 

tema com o clínico, principalmente no caso de 

pacientes de gênero masculino. 

Cerca de 50% dos pacientes fazendo uso de um 

ISRS vão apresentar alguma forma de distúrbio 

sexual como efeito colateral do tratamento.(FATO, 

É UMA FASE QUE DOS EFEITOS COLATERAIS DA 

MEDICAÇÃO E DEVE SER ABORDADA E 

RESPEITADA PELO PARCEIRO, APOIADA E 

NUNCA SUBJUGADA ) 

É importante excluir problemas sexuais 

previamente existentes do episódio depressivos ou 

que sejam secundários a outras condições clínicas. 

Ambos os gêneros (HOMENS E 

MULHERES) relatam redução ou perda do desejo e 

interesse sexual, as mulheres queixam de falta de 

lubrificação e consequente dispareunia, e os 

homens de retardo ejaculatório ou ausência de 

orgasmo. 

A paroxetina está associada com um risco maior 
de disfunção sexual quando comparada com os 
outros ISRSs. A bupropiona, a mirtazapina e a 
duloxetina (evidência maior no curto prazo) 
apresentam um risco menor de disfunção sexual.

15-As pessoas que cometem suicídio são depressivas? 
Cerca de 60% a 70% dos pacientes com depressão apresentam pensamentos suicidas na fase aguda 

da depressão.  (ORAS, SE PERDE-DE O 

INTERESSE PELA VIDA, POR TUDO O QUE DAVA 

PRAZER À PESSOA, SOFRE O ISOLAMENTO, O 

PRECONCEITO SOCIAL, A COMEÇAR POR 

PARENTES, E "AMIGOS", QUE JULGAM QUE "UM 

CHACOALHÃO, UM "SAI DESTA"; NÃO FAÇA 

CORPO MOLE";NOS ISOLAM E CABEÇA VAZIA, 

TRISTE E SOZINHA...

PORTANTO CUIDADO COM O QUE DIZ E COMO 

DIZ A UM PACIENTE QUE PASSA POR 

DEPRESSÃO: CONFIE EM MIM NENHUM GOSTA 

DESTA SITUAÇÃO E COBRANÇA NÃO VAI 

AJUDAR, MAS REFORÇAR A NATURAL CULPA E 

SOFRIMENTO CARACTERÍSTICOS DESTA FASE.**

Aproximadamente 10% a 15% praticam alguma 

forma de tentativa de suicídio e 2% a 3% dos 

pacientes com depressão poderão se matar por 

consequência direta da doença. 

A depressão, quando se instala, é experimentada 

como um estado permanente, do qual a pessoa 

não conseguirá se livrar. 

Sendo o suicídio  uma alternativa do paciente para 

aliviar este sofrimento tido naquele momento como 

insuperável. 

A depressão está presente em mais de 50% dos 
suicídios em adultos e em mais de 75% nas 
crianças e adolescentes. O risco de suicídio 
aumenta na presença de uma doença grave, no 
desemprego, nas grandes perdas financeiras, no 
histórico de tentativas prévias, na posse de armas e 
nas situações de isolamento social. (FATO!) **


16-Os antidepressivos causam suicídio? 

O Sistema de Vigilância dos Estados Unidos (FDA) 

exigiu recentemente um alerta para a prescrição de 

antidepressivos para crianças e adolescentes com 

depressão, na suspeita de que a medicação 

induziria à ideação e o comportamento neste grupo 

de pacientes. 

Este é um tópico altamente complexo porque se 

trata de uma situação em que a própria doença 

está associada ao suicídio. 

Há evidências de que a introdução dos ISRS na 

década de 90 está relacionada com uma redução 

consistente de suicídios nos EUA. 

Os dados mais preocupantes dizem respeito a uma 

possível exacerbação dos pensamentos suicidas 

em crianças e adolescentes para a maioria dos 

antidepressivos, com exceção da fluoxetina. 

O fato é que o uso de ISRS pode ter influenciado 

num afrouxamento na vigilância do risco de 

suicídio, pela segurança do baixo risco de 

overdose.(FATO)**

Deve-se lembrar que o risco de suicídio é muito 

maior na ausência de tratamento da depressão do 

que nos possíveis casos da indução suicida pela 

medicação. 

O clínico deve, portanto alertar o paciente e os familiares da possibilidade da medicação induzir pensamentos suicidas, principalmente no início do tratamento, em que a droga não atingiu a resposta clínica esperada.( FATO!) **

17- O que é importante pesquisar na anamnese na depressão? 

São várias as condições médicas que podem estar 

associadas à emergência de sintomas 

depressivos: hipotireoidismo, reumatismo 

artróide e doença de Parkinson. 

Algumas medicações de uso rotineiro na clínica 

devem ser pesquisadas, pelo potencial de disparar 

ou piorar os sintomas depressivos:(FATO)**

·   Anti-hipertensinvos: propanolol, reserpina, 


metildopa e diuréticos tiazídicos;


·   Antiácidos: cimetidina e ranitidina;


·   Anti-inflamatórios: prednisona 


anti-inflamatórios não-esteroides;


·   Outros: digitálicos e metoclopramida.


·   O clínico deve avaliar o possível consumo de 


álcool e drogas e uso de anfetaminas para inibir o 


apetite, estas sobretudo entre as mulheres.





18-O que deve ser comunicado aos familiares? 


Apesar dos avanços no tratamento, há muito 

estigma e desinformação quanto ao potencial dos 

tratamentos medicamentosos e psicoterápicos na 

depressão. (FATO)**


É senso comum acreditar que a depressão não tem 

cura, que pode ser uma 


fraqueza de caráter, e que pode ser devida à falta 



de ocupação.( PRINCIPALMENTE POR PESSOAS 


MAIS PRÓXIMAS, O QUE AGRAVA OS 


SENTIMENTOS DE ISOLAMENTO, SOFRIMENTO, 


CULPA) **



Acredita-se também que, com esforço e 


determinação, o paciente poderá 


melhorar sozinho e que os medicamentos 


antidepressivos tornam a pessoa 



“dependente”.( FATO! A DEPENDÊNCIA AOS 


MEDICAMENTOS É REAL, É 


ESTIGMATIZADA E DOLOROSA!)**



Portanto, várias pessoas no país ainda resistem à 


busca de tratamento para depressão, com 


consequente perda de qualidade de vida e 


impacto no risco de desenvolver outras doenças, 


abreviando a longevidade. 


Os familiares devem ser informados que no início 


do tratamento os pacientes não conseguem( 


ATENTEM PARA O FATO: NÃO CONSEGUEM, E 


NÃO QUE NÃO QUEIRAM, OU ESTEJAM 


FAZENDO DRAMA...)** participar 

de atividades sociais. 


É muito comum a crença de que os pacientes 


devem se ajudar buscando atividades recreativas. 


Na fase aguda da doença não há como esperar 


a participação dos pacientes nestas atividades, 


pelo comprometimento geral da libido que 


acarreta depressão. Os familiares devem, portanto 


ser informados sobre os principais sintomas da 


depressão e respeitar os limites do paciente 


na fase aguda do episódio depressivo.



19-Em que situações o paciente deve ser 


encaminhado para o psiquiatra? 


No caso do paciente falhar em duas tentativas de 



uso adequado da dose dos antidepressivos, após 


cinco a oito semanas de tratamento; na vigência de 


risco importante de suicídio, na vigência de 


planejamento ou tentativa; no quadro depressivo 


grave, com parada na ingestão alimentar ou na 


presença de inibição psicomotora importante; na 


situação de gravidez ou de planos para engravidar; 


ausência de suporte social (paciente sem amigos 


ou familiares, vivendo sozinho), (  FATO, CRUEL E 


AGRAVANTE!)**incapacitação grave decorrente do 


estado depressivo; em situações de comorbidade 


tais como dependência de álcool e drogas, 


síndrome do pânico, transtorno 


obsessivo-compulsivo e demência; na vigência de 


mania (transtorno afetivo bipolar); na dúvida 


diagnóstica.


20-O que esperar do sistema único de saúde em 

relação ao tratamento da depressão? 



O médico não-especialista ( E PORTANTO POR 

VEZES CHEGANDO A 



ENVERGONHAR O PACIENTE: VOCÊ NÃO TEM 


NADA...irá se deparar, com frequência, com 


pacientes portadores de depressão. 


A correta identificação destes constitui o primeiro 


passo para que o tratamento adequado possa ser 

instaurado. Medidas educacionais para melhorar 

o diagnóstico e o manejo dos 

quadros depressivos devem 

ser incluídas, na formação do médico 

generalista.(FATO!) 



Adicionalmente, é necessário que 


estes profissionais disponham de uma rede 


efetiva de encaminhamento para serviços de saúde 


mental, de modo a poder 


referir tais pacientes para atendimento 


especializado quando necessário.




** Notas pessoais

Penélope Sharmosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário